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Alunos desenvolvem repelente caseiro para ajudar no combate ao Aedes Aegypti

Solução à base de cravo-da-índia é natural e custa menos que um repelente vendido no mercado

Alunos ensinam comunidade a produzir repelente natural

FOTO: DÁRCIO MONTEIRO

Ainda é considerado alto número de casos de dengue e outras doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti, mas é no verão que os casos aumentam consideravelmente, em todo país. Pensando nisso, alunos do Colégio Marista de Maceió desenvolveram um repelente natural mais barato que pode ajudar a população mais carente a se proteger nessa época de maior infestação. Nesta quinta-feira (18), uma oficina para ensinar a comunidade a produzir o repelente foi ministrada na Escola Estadual Lyons Maceió, na região do Vale do Reginaldo, no Jacintinho.

Os alunos puderam produzir o material à base da semente de cravo-da-índia que, graças aos seus óleos essenciais, tem uma boa durabilidade. A ideia partiu da aluna Anne Kelly, que mora na comunidade e conhece todas as dificuldades da região. O uso do repelente caseiro pode ser feito tanto direto na pele, quando no ambiente.

"É uma alegria voltar pra essa escola, trazer esse repelente e fazer com que ele se torne mais acessível para comunidades esquecidas. Eu trouxe para cá porque aqui tem muito mosquito, esgoto a céu aberto, e uma maior proliferação de mosquito. Tem muitas casas que necessitam de uma atenção especial de outras pessoas", disse Anne.

Ela garante que o produto é eficaz. "Já fiz o teste com a minha avó e deu certo, por isso eu trouxe para a comunidade que eu moro. É uma necessidade para eles".

A professora de química Márcia Buarque disse que o trabalho foi despertado nos alunos durante um projeto de sustentabilidade chamado "Farol da Esperança", que busca despertar nos estudantes sobre a importância de ajudar ao próximo.

"A aluna Anne Kelly teve a ideia para ajudar a comunidade que ela mora e viu as dificuldades do local, esgoto a céu aberto, acúmulo de mosquito. Recepcionamos a ideia dela dentre tantos alunos. Ela foi o ponto de partida para o início desse projeto", conta.

Estudantes dão "aula" de como produzir um repelente natural

FOTO: DÁRCIO MONTEIRO

Segundo a professora, a fórmula não traz nada de inédito, a não ser a inclusão de um item a mais no repelente: o óleo.

"A literatura fala muito em utilizar cravo-da-índia e álcool, cravo e água, e nós adicionamos o óleo e percebemos que a durabilidade do repelente é de 4 meses. É um item a mais e chamou a atenção dos alunos do ensino médio, que descobriram que no próprio cravo tem um óleo essencial que permanece intacto por 4 meses", explica Márcia.

Como funciona

A professora explica que o uso do óleo permite uma maior durabilidade na conservação. "O produto fica reservado de quatro a sete dias para poder retirar o material do cravo. Depois disso, é filtrado e pode ser utilizado. Para maior durabilidade, o repelente pode ser conservado por 15 dias na geladeira, depois disso é preciso descartar".

Se for feito com álcool, a professora garante que a durabilidade é de 3 a 4 meses. Ainda podem ser utilizados 10 ml de óleo de amêndoa ou óleo mineral.

Mas atenção! Não é recomendado o uso do repelente em crianças. "É preciso evitar utilizar em crianças porque a criança pode ter uma alergia que ainda não foi detectada, então é preciso ter cautela", alerta a professora.


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